Não é erro de digitação, é Calligaris mesmo. O Contardo, aquele que escreve pra Folha, sabe? Psicanalista, sempre com um … Mais
Categoria: psicanálise
Um autômato chamado amor
Já se gastou muita tinta e neurônio no debate que opõe “real e virtual”. Essa lenga-lenga, que deve ter começado … Mais
Gravidez e Cinema
Por Renata Mendonça Revendo o lindo do documentário de Sandra Werneck, “Meninas” (2005), pensei nas mudanças ocorridas nas relações familiares … Mais
O Terreno
Terça-feira da semana passada tomei contato com minha própria bile —um amargo nauseante na boca. O ocorrido se deu enquanto estava no trânsito escutando as notícias matinais no radio. A notícia era a respeito do relatório publicado pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP (incrível Núcleo que conheci por ocasião da minha pesquisa de mestrado, quando estudava sobre poder e violência no âmbito psiquiátrico). A pesquisa feita pelo NEV, cujo relatório pode ser lido aqui, apresenta dados colhidos em onze capitais brasileiras a respeito de atitudes, normas culturais e valores em relação à violação de direitos humanos e violência.
Um quadro c(l)ínico
Conferia se a porta estava mesmo trancada, duas a três vezes antes de se deitar para dormir, e antes de dormir, pelo menos mais uma vez. Muitas noites a dúvida quanto ao trancamento da porta atrapalhava o seu sono. Às vezes sonhava com uma imensa porta, ou uma porta pequena demais. Em seus sonhos pouco importava o tamanho da porta, que ora se encolhia, ora se esticava, e que sempre, de alguma maneira, encontrava-se semi-fechada, impedindo a sua passagem. Acordava, fechava os olhos e tentava voltar a dormir.
O suplício do Papai Noel
Durante minha infância, o Natal sempre foi extremamente ambíguo para mim. Considero que estive localizado em um ponto êxtimo no … Mais
O caleidoscópio da existência de Márcia Tiburi
Já é costume darmos início a entrevistas situando o leitor sobre quem é o entrevistado. Marcia Tiburi, no entanto, é uma pessoa difícil de definir. Filósofa pronta para uma guerra (do jeito que Foucault apreciava), escritora dedicada que nos presenteou com Magnólia, A mulher de costas e O manto, uma trilogia literária chamada ‘Trilogia Íntima’, mantém um firme programa de pesquisas tendo como fio o que ela mesmo nos diz: o corpo, “como concreto avesso da metafísica constantemente produzido por um sistema econômico-político”.
A pulsão é surrealista (e por isso é real)
Dois seriados de televisão parecem fazer bastante sucesso nos dias de hoje: CSI (série sobre investigadores/peritos criminais) e House (que trata do cotidiano do departamento de investigação diagnóstica de um hospital). O que me chama atenção em ambas as séries é o modo como as personagens lidam com a realidade: são afeitos aos fatos. Dr. House e os investigadores de CSI têm o mesmo mote: pessoas mentem, fatos não. Quando fiz a constatação dessa ‘coincidência’ nas séries, me recordei do movimento surrealista.
A criança de Freud e os kidults de hoje
“Devemos dizer que esta suposta constituição que exibe os germes de todas as perversões só é demonstrável na criança, mesmo … Mais
A biblioteca está cheia de livros!
Ontem recebi um vídeo bastante interessante devido ao efeito de humor que ele produziu em mim, o que evidencia que transmitiu algo para além do que dizia. O vídeo consistia em um rabino ortodoxo ensinando como mergulhar a maçã no mel (tradição judaica do Ano Novo). O rabino pega um enorme pote de mel, tira do seu grande casaco preto um iPhone e um iPad e mergulha ambos no jarro de mel. Qual a mensagem que nesse chiste passou?